Dispersão de Sementes: Os diferentes caminhos seguidos pela vida

Podemos dizer que quando uma "planta-mãe" inicia uma dispersão de sementes, ela está buscando "conquistar" novas áreas, distribuindo as suas "filhas" para longe de sua localização. De acordo com as pesquisas sobre a origem das sementes, as técnicas de dispersão vêm sendo lapidadas desde a era Paleozoica.
Créditos: Pinterest

Existem três hipóteses principais que visam tentar traçar o motivo pelo qual os vegetais desenvolveram essas características. Confira-as a seguir:

  • Evitar a mortalidade desproporcional das sementes e plântulas próximas à planta-mãe: A competição por espaço em organismos vegetais também existe. Não seria produtivo dispersar sementes próximas ao solo onde a planta-mãe vive. As sementes e pequenas plantas germinadas teriam que competir por espaço e nutrientes com sua progenitora, estando em monstruosa desvantagem.
  • Aumentar as chances da prole encontrar um ambiente livre de competição: Ao deslocar as sementes, a chance de encontrar locais com pouca quantidade de plantas para competir por espaço aumenta. Isso evita que, assim como a semente não precise competir com a própria planta-mãe, também estará afastada dos outros vegetais presentes na área de ocorrência da mesma.
  • Assegurar que a prole encontre um local favorável para se estabelecer: Ao dispersar suas sementes, a quantidade de áreas livres para germinação com uma quantidade de nutrientes, competidores, umidade e outros fatores essenciais para o crescimento torna-se bem maior. Podemos perceber que da mesma maneira que a segunda hipótese complementou a primeira, essa também complementa a segunda!

Dentre as inúmeras estratégias de dispersão criadas pelas plantas, temos:

  • Zoocoria: Como o nome induz, essa dispersão utiliza como transporte diferentes grupos de animais. Ainda podemos dividir esse métodos em dois principais: Epizoocoria e Endozoocoria. O primeiro utiliza como transporte a pele ou pelo desses indivíduos, sendo transportadas externamente. O segundo método inclui a ingestão das sementes e sua liberação nas fezes, por não serem digeridas durante o processo digestivo do animal.
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Respectivamente, vemos: Endozoocoria e epizoocoria. Créditos: Alabamaplants e Biologia PCC IFTM
  • Anemocoria: Deslocamento de sementes por meio das correntes de ar. Geralmente, essas possuem peso mínimo e formato aerodinâmico, que as permitem "flutuar" como penas de pássaros.
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    Créditos: Biologia Net
  • Autocoria: São as sementes "explosivas". As plantas-mãe possuem mecanismos que as permitem expelir as sementes de seu reservatório.Resultado de imagem para Autocoria
  • Barocoria: Utilização do peso para que as sementes se desprendam e se precipitem da progenitora por meio da força da gravidade. Esta castanha foi liberada pela planta e cairá por conta de seu peso.Resultado de imagem para barocoria
  • Hidrocoria: Dispersão por meio da flutuabilidade na água e transporte pela correnteza.Imagem relacionada
Em alguns casos, estas habilidades podem eventualmente trabalhar em conjunto. Neste caso, é determinado um dispersor principal e um secundário. Um ótimo exemplo é a castanha-do-pará (Bertholletia excelsa), que utiliza da barocoria para levar suas sementes ao solo, que podem ser transportadas secundariamente por mamíferos, como a Cutia (Dasyprocta sp.), para outros locais mais distanciados.
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Créditos: Sobre Pará 24 horas
Ao longo da evolução, as espécies foram lapidando seus métodos de garantir a propagação de seus herdeiros. Os vegetais superiores desenvolveram variadas formas de dispersão de suas sementes. O tema de hoje abordou para você, leitor, algumas dessas curiosas técnicas, que muitas vezes possuímos contato frequente, mas pouco conhecemos sobre seu funcionamento.

Fontes:
http://slideplayer.com.br/3965690/12/images/44/MECANISMOS+DA+PLANTA+BAROCORIA.jpg
Wikipédia

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