Conhecendo mais sobre os adubos


“O organismo não é mais forte que o elo mais fraco de sua cadeia ecológica de necessidades.”  Lei do Mínimo de Liebig 
O objetivo da adubação é prover todos os elementos indispensáveis para o pleno crescimento dos vegetais. Se um único micronutriente estiver em falta, isso já causará deficiências na planta, mesmo que todos os outros estejam perfeitamente adequados às suas necessidades. Tendo isso em mente, vemos a necessidade de uma adubação correta. Para começar a falar sobre eles, podemos dividir os adubos em duas categoias:
  • Adubos orgânicos: São feitos a partir de ingredientes ou reações naturais, como por exemplo: húmus de minhoca, borra de café, casca de banana, compostagem e etc. Sua vantagem, é que, como eles são constituídos ou feitos por ingredientes de origem natural, eles contêm uma grande gama de nutrientes e agem de forma mais controlada em relação ao solo e a planta, tendo um efeito mais prolongado devido a sua liberação lenta. Por serem naturais e mais regulados, são mais seguros e indicados para pessoas que não tenham experiência em adubação. Porém sua desvantagem é justamente ter uma liberação lenta, o que pode ser ineficaz em caso de uma cultura que precise de uma adubação rápida para ser recuperada. Além de não ter níveis de garantias assegurados, como os adubos químicos.
  •  Adubos químicos: Os adubos químicos são feito controladamente e industrialmente a partir de compostos químicos isolados, isso lhes dá uma ação focada somente no que são designados e níveis de garantias assegurados. Ou seja, um adubo NPK fornecerá os macronutrientes nitrogênio, fósforo e potássio sobre a forma de alguns compostos químicos pela qual são absorvidos pela planta e na quantidade indicada no rótulo. Já um adubo orgânico forneceria também vários outros nutrientes em quantidades inexatas, o que pode ser inconveniente, dependendo do objetivo da adubação. Sua desvantagem é que possui uma fórmula muito concentrada e de rápida ação, o que pode agredir o solo e a planta. Logo, é muito importante seguir a risca as instruções de uso de cada adubo e conhecer também as necessidades de sua planta.

Importante! O excesso de adubação, principalmente química, pode poluir corpos d’água (rios, lagos, lençóis freáticos, etc) próximos ao local em que foi realizada a adubação e danificar o solo e a planta. Caso surja um limo esverdeado no solo, ou sintomas de excesso de nutrientes na planta (que já foram mostrados), suspenda a adubação.

Lembrando também que sempre há exceção à regra, ou seja, existem adubos químicos de liberação lenta (como o osmocote) e adubos orgânicos de liberação mais imediata (como os que são feitos com café velho), então vale sempre estudar sobre cada adubo em específico para saber qual vai ser o melhor para você.
Como já foi dito, o objetivo da adubação é garantir as condições necessárias para que uma planta se desenvolva sem problemas. Depende do seu objetivo e da forma como ela é feita, pode ser classificada da seguinte forma:

Quanto ao objetivo

  • Adubação de plantio ou crescimento: tem como objetivo fornecer nitrogênio para o crescimento da planta nos primeiros dois ou três meses após seu plantio. Geralmente são utilizados adubos orgânicos ricos em nitrogênio (esterco) ou adubos químicos com base em nitrogênio.
  • Adubação de manutenção: sua finalidade é repor os nutrientes que são mais consumidos pelas plantas para evitar sua escassez no solo e futuras deficiências. Normalmente os nutrientes repostos são o nitrogênio, fósforo e potássio.
  • Adubação de correção: como o nome sugere, seu objetivo é corrigir as deficiências minerais do solo para evitar consequências para as planta previstas pela lei do mínimo. Normalmente os minerais que são corrigidos nesse tipo de adubação são o fósforo e o potássio.

Já quanto a forma de adubação, pode ser feita da seguinte forma:

  • Adubação do solo: é feita distribuindo uniformemente os adubos pelo solo 10 dias antes do plantio, podem ser feitas covas ou buracos para facilitar sua mistura ao solo. Podendo também serem posicionados perto das raízes das plantas caso já estejam crescidas.
  • Adubação por regas (fertirrigação): neste tipo de adubação os nutrientes são levados ao solo pela água da irrigação. Nesta água são diluídos os adubos químicos ou orgânicos (como o chorume biológico, que é resultante da compostagem) e em seguida é utilizada para irrigar a zona a ser adubada, seja por irrigação convencional, gotejamento ou aspersão.
  • Adubação foliar: nela os nutrientes são pulverizados sobre as folhas para que possam ser absorvidos e distribuído para o restante da planta. Esta pulverização pode ser feito com aspersores ou pulverizadores (podendo ser usado até mesmo aviões em caso de uma grande plantação). Os nutrientes então são absorvidos pelos estômatos (uma espécie de canal que possibilita a troca de gases e água com a atmosfera) das folhas e são distribuídos para o restante da planta, como aconteceria se fossem absorvidos pelas raízes. Quanto mais tempo o adubo permanecer na folha, maior será sua absorção, então geralmente esse tipo de adubação é realizada nos períodos mais frescos do dia e na face inferior da folha, onde os estômatos têm maior capacidade de absorção.

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