Pragas domésticas? Discutindo a importância de nossos controladores biológicos


Lagartixas, aranhas, anfíbios, percevejos e outros animais “visitantes” são comumente relacionados a uma visão pejorativa. Como o contexto induz, essa não é uma verdade, mas devemos observar os dois lados. Relacionando ao nosso tema de hoje, percebemos que na verdade, com um fácil controle de população, estes animais se tornam excelentes contribuintes para o equilíbrio da fauna dentro de casa, como também em jardins e hortas.

Seja por sua aparência, possíveis riscos à saúde, equívocos, conhecimento popular ou outros fatores, estes seres são colocados no mesmo balaio que outras grandes pragas conhecidas: sendo mosquitos, pulgões e formigas ótimos exemplos. Com o significado de praga, aprendemos que qualquer ser vivo em superpopulação pode ser considerado uma, tendo como consequência um desequilíbrio ecológico e ameaça à saúde. Sendo assim, qualquer ser vivo está propício a se tornar uma praga, desde que o ambiente em que vive se torne também propício para este crescimento descontrolado.

Aranhas

São excelentes predadoras e principais contribuintes no controle de insetos prejudiciais à saúde. Em plantações, algumas espécies de aranhas estão sendo utilizadas no controle biológico de pragas agrícolas com grande sucesso. Apesar da grande maioria das aranhas brasileiras serem inofensivas, o risco de envenenamento por espécies peçonhentas é real, sendo esse um dos pontos negativos que devem ser levados em conta.
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As lagartixas

Pequenos répteis de hábitos noturnos que tem a alimentação baseada em artrópodes (aranhas, gafanhotos, cupins, baratas, grilos, mariposas, mosquitos e formigas). São caçadoras oportunistas e eficientes que atuarão no controle biológico das pragas mais famosas e no controle das aranhas (peçonhentas ou não), contribuindo para que esta ajudante não se torne mais uma praga. Do lado negativo, podem ser hospedeiras de parasitos que ameaçam o homem e outros animais.
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Anfíbios (Anuros)

Na cadeia alimentar, são responsáveis pelo controle biológico de insetos. Em uma lagoa com cinco mil anfíbios, são predados mais de 100 pernilongos em uma noite (dentre eles até mesmo o temido Aedes aegypti), sem contar outros tipos de artrópodes. Para ter a contribuição destes animais em seu quintal ou jardim, é importante lembrar que eles não gostam de muita iluminação. Como um dos pontos negativos, sapos possuem glândulas que expelem veneno ao serem pressionadas e algumas espécies de pererecas também podem se defender com substâncias, dependendo da área onde se vive. No Brasil, a ocorrência de pererecas venenosas é principalmente na região Norte.
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Percevejos de jardim

Assim como as conhecidas e amadas joaninhas, algumas espécies são predadoras de pulgões e formigas, sendo úteis na defesa de uma horta ou jardim. Por outro lado, este tipo de inseto pode deixar pequenos ferimentos nas pessoas (uma picada para defesa, mas sem peçonha) e outras espécies se alimentam de frutos, podendo deixá-las com mau sabor.
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Em conclusão, podemos observar que apesar de seus reais pontos negativos (como de qualquer ser vivo), estes pequenos animais podem contribuir em grande escala para o controle de outras espécies em nossas casas. Qual a sua opinião sobre estes seres vivos? Possui experiência no contato com esses animais ou alguma crítica/sugestão? Deixe nos comentários para podermos discutir e termos contato com vocês!

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